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NOVA CARTOGRAFIA DA REVOLUÇÃO FEDERALISTA (1891-1896): REDES DE RELAÇÕES, FRONTEIRA E TERRITORIALIZAÇÃO

NOVA CARTOGRAFIA DA REVOLUÇÃO FEDERALISTA (1891-1896): REDES DE RELAÇÕES, FRONTEIRA E TERRITORIALIZAÇÃO
A presente obra é uma versão de nossa tese de doutorado, defendida no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Maria/RS. A análise centrou-se no desenvolvimento da Revolução Federalista, a partir da participação da família Silva Tavares e da constituição de suas redes de relações sociais, no conflito, sob uma perspectiva que vai além das narrativas construídas com base nas fontes oficiais, alargando, dessa forma, o entendimento acerca desta contenda. Para isso, propôs-se uma nova cronologia do conflito (1891-1896) e uma cartografia da Revolução Federalista, fundamentadas na territorialização de poder expressa pelas redes de relações pessoais (familiar, política e militar) da família Silva Tavares. Dentre as fontes consultadas para a realização desta obra, estão documentos pesquisados em arquivos argentinos, uruguaios e brasileiros, especialmente, as correspondências pertencentes ao acervo da família Silva Tavares, trocadas por lideranças federalistas durante o conflito. A troca de correspondências realizou-se em um espaço que abrangia não somente o Rio Grande do Sul e outros estados brasileiros, mas se estendia, igualmente, por diversos Departamentos da República Oriental do Uruguai, assim como por Províncias do litoral da República Argentina, indicando, assim, a existência de uma rede de relações no espaço platino. Ao associar-se a análise relacional à espacial, foi possível delimitar uma região revolucionária conformada pelos aspectos econômicos, culturais, políticos e sociais, durante o século XIX, a partir da qual construiu-se uma cartografia da Revolução. Nesse sentido, a análise das redes de relações rurais e urbanas constituídas em torno da família Silva Tavares, no período do conflito, permitiu a compreensão do espaço de experiência dos indivíduos em um espaço fronteiriço. Da mesma forma, demonstrou que a permanência de práticas tradicionais que expressam uma lógica de pensar a política e a guerra, utilizadas para articular e mobilizar homens e recursos durante a contenda, constituem chaves explicativas para compreender as características da Revolução Federalista.

Obra disponível na versão impressa. Contato do autor(a): figueirandrade@gmail.com
Gustavo Figueira Andrade
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