Essa é a história de Otto e Hans Rechmann. Mas poderia ser a história de tantos outros imigrantes alemães que povoaram o Sul do Brasil nas décadas de 1920-1930. É uma narrativa dos entremeios da caminhada dos dois irmãos de Essen-Kray na Alemanha até Porto Novo no Brasil. Duas histórias que se conectam a partir de dolorosas experiências da guerra e que o destino tratou de transformar numa dádiva, a benção da vida e da esperança. Otto e Hans foram os únicos filhos Rechmann que tiveram herdeiros, os outros irmãos, filhos de Johann e Gertrud padeceram nas guerras ou optaram por se dedicar à vida religiosa. Por isso, os dois irmãos que imigraram para o Brasil em 1934 se tornaram o sopro de esperança, a continuidade da vida que hoje se materializa nos filhos, netos, bisnetos e tataranetos. Foi preciso sair da Alemanha para que a história da família tivesse continuidade. O cordão umbilical da memória mantêm vivos os laços com o passado e a narrativa que ora se apresenta conta a história a partir dos registros de um diário. Essa é a história de Otto e Hans e de tudo aquilo que tiveram que enfrentar para possibilitar que seus filhos e descendentes pudessem dar continuidade aos ciclos da vida. Que essa seja uma história inspiradora de perseverança e de fé.

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